Na série Desconstruções, expresso minha inquietação com o rumo das cidades e da vida moderna. Vejo a paisagem urbana se dissolvendo em meio ao excesso de informação, à poluição visual, ao tempo que nos escapa sem que percebamos. A modernidade nos prometeu conexão, mas nos entregou distanciamento. O café compartilhado deu lugar à pressa, o olho no olho foi substituído pelas telas, e os encontros viraram notificações. A cada pincelada, traduzo essa sensação de deslocamento, esse esvaziamento do essencial. Minhas obras são um convite à reflexão: até que ponto estamos construindo ou apenas nos perdendo no meio do caminho?